domingo, 24 de outubro de 2010

É preciso amor...

Não existe cozinha sem amor, não existe amor sem dor...
Cozinhar profissionalmente é diferente de gostar de cozinhar, é diferente... Não que para cozinhar para as pessoas queridas ou para um professor ou colegas de classe não necessite de amor, não é isso. Amor é preciso sempre, pois o ato de alimentar é sagrado. 
Agora colocar amor diante de situações adversas do dia-a-dia de um restaurante, é aí que mora o diferencial do cozinheiro. Cozinhar para pessoas que você não conhece, não sabe de seus gostos, de sua vida e como um psicólogo vidente, o verdadeiro cozinheiro vai utilizar de magia para arrancar sorrisos de alguém que chegou angustiado, deixar quem está feliz aida mais... Ele tem conhecimento e sabe qual tempero, cada alma precisa.
Ah, o cozinheiro é um apaixonado, ele quando sai da cozinha ela ainda se mantém viva, fica "bolindo" por dentro... Ele sai pensando no próximo encontro.
Mesmo passando a maior parte do seu tempo em pé e em ambientes muitas vezes insalubres, correndo riscos inúmeros, sabendo que um dia vai se aposentar por problemas de coluna, etc. Sabe que em outra profissão não vai encontrar satisfação, ele é inquieto e essa profissão pertence aos que não se acomodam, aos que querem sempre mais... 
As queimaduras, os cortes? São presentes dados por sua amada, a cozinha. São sinais de vida compartilhada.

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