A chuva sempre me deixa nostálgica e hoje pela manhã, acordei desejando comer os bolinhos de chuva preparados por minha mãe, antes de levantar da cama senti até o cheiro deles, lembrei da textura maravilhosa. Minha mãe sempre preparava esses bolinhos em dias nublados quando eu era criança. Acompanhada por minhas irmãs e algumas amiguinhas moradoras da vizinhança, ao redor da mesa da cozinha com ansiedade, esperávamos que ela preparasse os cobiçados bolinhos, era uma festa!
Em reflexão, enquanto tentava sentir o gosto dos inesquecíveis bolinhos, entre uma espreguiçada e outra, cheguei a conclusão que sempre busco os sabores da cozinha materna no momento que preparo uma receita. A minha referência maior é a cozinha da minha mãe, sem dúvida.
Minha mãe é uma excelente cozinheira, nascida em Nova Friburgo- RJ, carrega com ela a maneira cabocla de cozinhar em fogão à lenha, sem pressa, comidas saborosas e apesar de rústicas, bem elaboradas. Nos encontros de domingo, reúne amigos e familiares em torno do fogão à lenha que mantém em sua casa e, esses são os melhores momentos entre família e amigos. D. Emília se mostra orgulhosa de suas preparações aprendidas na infância, com sua mãe e com sua avó e em meio as suas panelas de ferro e de barro, sorri , garantindo que aquela é a melhor comida do mundo e realmente é, pelo menos para mim.
Sempre comparo a feijoada dela (meu prato preferido) as demais, a dela sempre é imbatível e nunca vi uma couve cortada em chiffonade tão perfeita.
A mesa é lugar de estreitamento das relações afetivas e se a gente reparar, é em torno da mesa que as coisas importantes nas nossas vidas acontecem, é lá que tomamos decisões importantes, conquistamos amigos, começamos ou terminamos um relacionamento, fechamos negócios, famílias religiosas fazem suas orações...
Sentar-se à mesa é ritualístico.
Sempre que estou longe de casa, e sinto um aroma ou provo algo que remeta a cozinha materna, sou tomada por uma saudade sem tamanho, recheada de lembranças da minha origem, do meu ninho. Sinto orgulho da minha identidade e de minhas tradições culturais, carregarei esses valores sempre comigo.
Receita do bolinho de chuva da minha mãe:
Em um bol, junte os ovos, o açúcar e o sal, um pouco de canela e misture muito bem,
acrescente alternadamente à mistura ao leite e a farinha de trigo, mexa sempre com uma colher ou um fuê.
Junte o fermento e misture bem.
Em uma frigideira média, coloque bastante óleo e leve ao fogo alto para aquecer e quando o óleo estiver quente, baixe o fogo. frite cada bolinho de chuva à colherada em óleo quente, até que dourem de todos os lados. Retire os bolinhos com uma escumadeira, coloque-os sobre papel toalha. Faça uma mistura de canela em pó e açucar, envolva os bolinho e sirva a seguir.
Fiquei desejando!!!!!!!
ResponderExcluirPor que você não fez e me chamou para um café? rs
Realmente, a mesa de jantar está em todas as esferas das relações humanas.
E toda família que se preze adoro um papo papo regado a comidinhas caseiras e deliciosas!
Beijos!!!
* adora!
ResponderExcluirAdorei o comentário, complementa o que que eu disse!! O bolinho fica pra outro dia... Beijão!
ResponderExcluirAhhh, esqueci de falar sobre o feijão de Emília, é divino!! Vivia comendo puro! :)
ResponderExcluirVerdade, Lú! É bom demais!
ResponderExcluirFeliz daquele que tem com quem compartilhar os sabores da vida! Seja mãe ou filha, amigos ou amores,ou até mesmo compartilhando com boas recordações, não importa, melhor mesmo é comer bem acompanhado.
ResponderExcluirCom certeza, Vanessa, são esses os momentos melhores da vida!!
ResponderExcluirQue lindo!!
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